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Quando a gente passa a gostar de alguém, lá pelas tantas, o mundo ao nosso redor acusa as lembranças do que sentimos, já percebeu? A respiração oscila entre raras calmarias e arritmias bravas, os dedos das mãos acusam o nervosismo pelos pequenos surtos, o discurso que sai dos nossos lábios se torna mais pacifista. O mundo não é o mesmo. Nem os carros. Nem a rodovia e as pessoas que a atravessam às pressas. Tampouco os móveis do quarto, os quadros da sala e o que habita o universo físico ao redor do corpo… Não com você aqui. É bem mais bonito.
Por Júlio HermannUma Arte A arte de perder não é de difícil lastro; tantas coisas parecem prenhes de perda que sua perda não constitui nenhum desastre. Perca um pouco a cada dia. Aceite o arrasto do molho de chaves perdido, a hora mal gasta. A arte de perder não é de difícil lastro. Então teste perder mais longe, mais rastros: lugares, nomes, o destino de onde pensava passar férias. E nada disso pressupõe desastre. Perdi o relógio de minha mãe. E, ah, que impacto!, a última ou penúltima das três casas que amei. A arte de perder não é de difícil lastro. Perdi duas cidades, que belas. E, mais vasto, algumas terras, dois rios, um continente, que saudade, mas não chega a ser desastre. ―Mesmo perder você (anedota na voz, gesto que adoro) não deve enganar-me. Pois é claro que a arte de perder não é de tão difícil lastro mesmo que pareça (note!) um desastre.
Por Elizabeth BishopNeemias, NE, 7:8, os filhos de Parós, dois mil cento e setenta e dois.
Por Neemias, Antigo TestamentoO trabalho convém ao homem, (...) evita que ele olhe para esse outro que é ele e que lhe torna a solidão horrível.
Por Anatole FranceRomanos, RM, 8:25, Mas, se esperamos o que não vemos, com paciência o aguardamos.
Por Romanos, Novo TestamentoIsaías, IS, 48:6, ´Você já ouviu; agora olhe bem para tudo isto; será que você não vai admitir que falei a verdade? Desde agora lhe anuncio coisas novas e ocultas, que você não conhecia.
Por Isaías, Antigo TestamentoA FLOR Vejo uma flor seca, sem ar Cá esquecida em um caderno, E meu espírito prosterno Num esquisito meditar: Floriu quando? Onde? Em que estação? E postergou-se? E é estranha Ou amiga a mão que a apanha? E a pôs aqui por que razão? Pra recordar um encontro amável Ou uma separação funesta, Ou um passeio solitário Num sítio, à sombra da floresta? E ele está vivo, ela também? E a que refúgio se retêm? Ou eles ambos já mirraram Como esta flor que aqui deixaram?
Por Alexander PushkinNa vastidão do inconsciente, residem os segredos que moldam nossos comportamentos. É lá que as histórias não contadas do nosso ser são escritas silenciosamente.
Por Marcelo VianaLevítico, LV, 19:31, - Não se voltem para os necromantes, nem para os adivinhos; não os procurem, pois vocês serão contaminados por eles. Eu sou o Senhor, o Deus de vocês.
Por Levítico, Antigo Testamento– Havia um cavalo. Ele queria se vingar de seu inimigo, um cervo. Mas ele não podia matar o cervo sozinho. O cavalo conheceu um homem, um caçador, e fez um acordo. Ele aceitou as rédeas do homem e permitiu que colocasse uma cela em suas costas. Juntos, eles mataram o cervo, e o cavalo saboreou a vitória. Mas o caçador não soltou o cavalo e o transformou em seu escravo. – Então a sua vingança lhe custou a liberdade? Espero que tenha valido a pena. – Não valeu.
Por Kratos (God of War)