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Estamos apreensivos, para além de nossa própria vida, com a da terra inteira, que corre risco de entrar em caos. Os brancos não temem, como nós, ser esmagados pela queda do céu. Mas um dia talvez tenham tanto medo disso quanto nós!
Por Davi Kopenawa“Se cada um cuidasse da própria vida”, disse a Duquesa num resmungo rouco, “o mundo giraria bem mais depressa.”
Por Alice no País das MaravilhasIsaías, IS, 41:22, Aproximem-se e anunciem-nos as coisas que hão de acontecer; contem-nos as profecias anteriores, para que as examinemos e saibamos se elas se cumpriram; ou falem-nos a respeito das coisas futuras.
Por Isaías, Antigo Testamento"Naquela mesma noite, escrevi minha primeira história. Levei trinta minutos para fazê-lo. Era um pequeno conto meio soturno sobre um homem que encontra um cálice mágico e fica sabendo que, se chorar dentro dele, suas lágrimas vão se transformar em pérolas. Mas, embora tenha sido sempre muito pobre, ele era feliz e raramente chorava. Tratou então de encontrar meios de ficar triste para que as suas lágrimas pudessem fazer dele um homem rico. Quanto mais acumulava pérolas, mais ambicioso ficava. A história terminava com o homem sentado em uma montanha de pérolas, segurando uma faca na mão, chorando inconsolável dentro de um cálice e tendo nos braços o cadáver da esposa que tanto amava." (Caçador de Pipas, Quatro, página 37)
Por Khaled HosseiniDaniel, DN, 11:35, Alguns dos sábios cairão para serem provados, purificados e limpos, até o tempo do fim, porque se dará ainda no tempo determinado.
Por Daniel, Antigo TestamentoMemórias mudam como neve solta no vento, ou são um coro de fantasmas falando uns por cima dos outros. Existe apenas uma sensação de que o que é real para mim não é real para os outros, e compartilhar uma lembrança com alguém é arriscar perder minha crença no que realmente aconteceu.
Por Hannah KentSobre um Poema Um poema cresce inseguramente na confusão da carne, sobe ainda sem palavras, só ferocidade e gosto, talvez como sangue ou sombra de sangue pelos canais do ser. Fora existe o mundo. Fora, a esplêndida violência ou os bagos de uva de onde nascem as raízes minúsculas do sol. Fora, os corpos genuínos e inalteráveis do nosso amor, os rios, a grande paz exterior das coisas, as folhas dormindo o silêncio, as sementes à beira do vento, - a hora teatral da posse. E o poema cresce tomando tudo em seu regaço. E já nenhum poder destrói o poema. Insustentável, único, invade as órbitas, a face amorfa das paredes, a miséria dos minutos, a força sustida das coisas, a redonda e livre harmonia do mundo. - Em baixo o instrumento perplexo ignora a espinha do mistério. - E o poema faz-se contra o tempo e a carne.
Por Herberto Helder