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Era assim que os momentos inesquecíveis começavam a cavar ranhuras em nossas memórias para se agarrar às entranhas de nossos cérebros, petrificando os neurônios e gravando neles, como hieróglifos, as mais marcantes e vívidas recordações.
Por André ViancoNo máximo, parir ainda pode ser doloroso, mas muito mais difícil é cuidar do pequeno ser que se colocou no mundo. É um vaso de porcelana finíssima, cuja fragilidade comove. Um esbarrão pode ser fatal.
Por Dalva TabachiA história de cada Deusa conta uma lição muito real: que as mulheres são mágicas. Que as mulheres têm o poder de apagar a ilusão de que estamos todos separados uns dos outros.
Por Emma MildonEla disse assim (A teus pés) Ela disse assim É porque é É porque é Não há desespero em vão Se ela quer voar É porque tem assas É porque tem asas Não não não Quando a gente voa Distante e só Tão distante e só O sol não vem e a luz que cai Nunca mais voltou Nunca mais voltou Não não não
Por cordel do fogo encantadoReligiões são, por definição, metáforas, apesar de tudo: Deus é um sonho, uma esperança, uma mulher, um escritor irônico, um pai, uma cidade, uma casa com muitos quartos, um relojoeiro que deixou seu cronômetro premiado no deserto, alguém que ama você – talvez até, contra todas as evidências, um ente celestial cujo único interesse é assegurar-se que o seu time de futebol, o seu exército, o seu negócio ou o seu casamento floresça, prospere e triunfe sobre qualquer oposição. Religiões são lugares para ficar, olhar e agir, pontos vantajosos a partir dos quais se observa o mundo.
Por Deuses AmericanosMe enganei Pensei que fosse mais um beijo de verão O sentimento foi maior que uma estação Pra ver o paraíso É só mirar no teu sorriso
Por Carol e VitoriaCaminhada Entre palavras, Murmúrios, Entre silêncios E mentiras… Entre amores, desilusões E iras… Segue a vida-busca A buscar a vida. Nas ruínas De antigos castelos, Derrubados Ao longo dos caminhos; Dia-após-dia Ano-após-ano. No cerrar do pano Que marca o fim De mais um ato, Sem aplausos, Sem consagrações, Sem esperanças. E eu parto Mais uma vez, Com um pouco menos De mim, Com um pouco menos De tudo; Mudo, Na correnteza humana, Insana! Na força Que meu corpo arrasta, O coração dilacera, Devasta a mente Na espera De um outro dia Igual. Caravana infernal De solitários, Homens-máquinas, Sem razão, Sem fim, A carregar mil cruzes Sem nexo, Sob as luzes Do grande palco. Mas, eu sigo, Perplexo, No andar Dos que apenas andam, Sem destino. E, atrás de mim, Eu sinto o ranger De um infinito Que caminha, Que ri E chora. Mas, eu sei, Agora Que já sem rosto Esse infinito, Como a própria vida, Também é morto.
Por Victor Motta