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Sou negro meus avós foram queimados pelo sol da África minh`alma recebeu o batismo dos tambores atabaques, gongôs e agogôs Contaram-me que meus avós vieram de Loanda como mercadoria de baixo preço plantaram cana pro senhor de engenho novo e fundaram o primeiro Maracatu Depois meu avô brigou como um danado nas terras de Zumbi Era valente como quê Na capoeira ou na faca escreveu não leu o pau comeu Não foi um pai João humilde e manso Mesmo vovó não foi de brincadeira Na guerra dos Malês ela se destacou Na minh`alma ficou o samba o batuque o bamboleio e o desejo de libertação

Por Solano Trindade

Isaías, IS, 32:9, Vocês, mulheres que vivem tranquilas, levantem-se e ouçam a minha voz; e vocês, filhas que estão confiantes, escutem o que vou dizer.

Por Isaías, Antigo Testamento

APRENDIZADO para meu pai Caiu no mar tem que nadar murmurava meu pai marinheiro tirando um bagre do anzol um cigarro do bolso traseiro Eu, sabedor de nada, azeitava o eixo do sol sonhando um dia conquistar o meu lugar à sombra E o mar era tão grande! E a minha imaginação, tamanha, quebrava além da arrebentação no redemoinho de uma música estranha Anda moleque, recolhe a rede carrega o peixe pra tua mãe cozinhar Era o pai me fisgando com o olhar E eu seguia suas pegadas pelos caminhos de areia ouvindo as ondas a murmurar como o canto de uma sereia: Caiu no mar tem que nadar... Caiu no mar tem que nadar...

Por Claufe Rodrigues

Se eu soubesse de tudo antes de acontecer, teria feito as coisas de maneira diferente? Claro. Mas você precisa aceitar a responsabilidade por suas decisões, mesmo quando elas não funcionam da maneira que você queria.

Por Karen Dionne

Gênesis, GN, 41:27, As sete vacas magras e feias, que subiam após as primeiras, serão sete anos, bem como as sete espigas mirradas e queimadas pelo vento leste serão sete anos de fome.

Por Gênesis, Antigo Testamento

⁠ “O Reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho.” Mateus 22:2

Por Miriam Leal

Barrow-on-Furness I Sou vil, sou reles, como toda a gente Não tenho ideais, mas não os tem ninguém. Quem diz que os tem é como eu, mas mente. Quem diz que busca é porque não os tem. É com a imaginação que eu amo o bem. Meu baixo ser porém não mo consente. Passo, fantasma do meu ser presente, Ébrio, por intervalos, de um Além. Como todos não creio no que creio. Talvez possa morrer por esse ideal. Mas, enquanto não morro, falo c leio. Justificar-me? Sou quem todos são... Modificar-me? Para meu igual?... — Acaba lá com isso, ó coração! II Deuses, forças, almas de ciência ou fé, Eh! Tanta explicação que nada explica! Estou sentado no cais, numa barrica, E não compreendo mais do que de pé. Por que o havia de compreender? Pois sim, mas também por que o não havia? Águia do rio, correndo suja e fria, Eu passo como tu, sem mais valer... Ó universo, novelo emaranhado, Que paciência de dedos de quem pensa Em outras cousa te põe separado? Deixa de ser novelo o que nos fica... A que brincar? Ao amor?, à indif'rença? Por mim, só me levanto da barrica. III Corre, raio de rio, e leva ao mar A minha indiferença subjetiva! Qual "leva ao mar"! Tua presença esquiva Que tem comigo e com o meu pensar? Lesma de sorte! Vivo a cavalgar A sombra de um jumento. A vida viva Vive a dar nomes ao que não se ativa, Morre a pôr etiquetas ao grande ar... Escancarado Furness, mais três dias Te, aturarei, pobre engenheiro preso A sucessibilíssimas vistorias... Depois, ir-me-ei embora, eu e o desprezo (E tu irás do mesmo modo que ias), Qualquer, na gare, de cigarro aceso... IV Conclusão a sucata! ... Fiz o cálculo, Saiu-me certo, fui elogiado... Meu coração é um enorme estrado Onde se expõe um pequeno animálculo A microscópio de desilusões Findei, prolixo nas minúcias fúteis... Minhas conclusões Dráticas, inúteis... Minhas conclusões teóricas, confusões... Que teorias há para quem sente o cérebro quebrar-se, como um dente Dum pente de mendigo que emigrou? Fecho o caderno dos apontamentos E faço riscos moles e cinzentos Nas costas do envelope do que sou ... V Há quanto tempo, Portugal, há quanto Vivemos separados! Ah, mas a alma, Esta alma incerta, nunca forte ou calma, Não se distrai de ti, nem bem nem tanto. Sonho, histérico oculto, um vão recanto... O rio Furness, que é o que aqui banha, Só ironicamente me acompanha, Que estou parado e ele correndo tanto ... Tanto? Sim, tanto relativamente... Arre, acabemos com as distinções, As subtilezas, o interstício, o entre, A metafísica das sensações — Acabemos com isto e tudo mais ... Ah, que ânsia humana de ser rio ou cais!

Por Álvaro de Campos

Isaías, IS, 19:3, O espírito dos egípcios irá esmorecer dentro deles, e eu farei com que os planos deles fracassem. Eles consultarão os seus ídolos, encantadores, médiuns e feiticeiros.

Por Isaías, Antigo Testamento

Provérbios, PV, 23:6, Não coma o pão do invejoso, nem cobice os seus pratos deliciosos.

Por Provérbios, Antigo Testamento

Levítico, LV, 11:1, O Senhor falou a Moisés e a Arão, dizendo-lhes:

Por Levítico, Antigo Testamento