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- Ele também pode ler pensamentos? - Não, se você quer me ver pelado, tudo o que você precisa fazer é pedir.

Por Damon Salvatore

Só posso dizer como me sinto agora - grata por estar sozinha.

Por Elizabeth Gilbert

Se te queres matar Se te queres matar, porque não te queres matar? Ah, aproveita! que eu, que tanto amo a morte e a vida, Se ousasse matar-me, também me mataria... Ah, se ousares, ousa! De que te serve o quadro sucessivo das imagens externas A que chamamos o mundo? A cinematografia das horas representadas Por actores de convenções e poses determinadas, O circo polícromo do nosso dinamismo sem fim? De que te serve o teu mundo interior que desconheces? Talvez, matando-te, o conheças finalmente... Talvez, acabando, comeces... E de qualquer forma, se te cansa seres, Ah, cansa-te nobremente, E não cantes, como eu, a vida por bebedeira, Não saúdes como eu a morte em literatura! Fazes falta? Ó sombra fútil chamada gente! Ninguém faz falta; não fazes falta a ninguém... Sem ti correrá tudo sem ti. Talvez seja pior para outros existires que matares-te... Talvez peses mais durando, que deixando de durar... A mágoa dos outros?... Tens remorso adiantado De que te chorem? Descansa: pouco te chorarão... O impulso vital apaga as lágrimas pouco a pouco, Quando não são de coisas nossas, Quando são do que acontece aos outros, sobretudo a morte, Porque é a coisa depois da qual nada acontece aos outros... Primeiro é a angústia, a surpresa da vinda Do mistério e da falta da tua vida falada... Depois o horror do caixão visível e material, E os homens de preto que exercem a profissão de estar ali. Depois a família a velar, inconsolável e contando anedotas, Lamentando a pena de teres morrido, E tu mera causa ocasional daquela carpidação, Tu verdadeiramente morto, muito mais morto que calculas... Muito mais morto aqui que calculas, Mesmo que estejas muito mais vivo além... Depois a trágica retirada para o jazigo ou a cova, E depois o princípio da morte da tua memória. Há primeiro em todos um alívio Da tragédia um pouco maçadora de teres morrido... Depois a conversa aligeira-se quotidianamente, E a vida de todos os dias retoma o seu dia... Depois, lentamente esqueceste. Só és lembrado em duas datas, aniversariamente: Quando faz anos que nasceste, quando faz anos que morreste; Mais nada, mais nada, absolutamente mais nada. Duas vezes no ano pensam em ti. Duas vezes no ano suspiram por ti os que te amaram, E uma ou outra vez suspiram se por acaso se fala em ti. Encara-te a frio, e encara a frio o que somos... Se queres matar-te, mata-te... Não tenhas escrúpulos morais, receios de inteligência!... Que escrúpulos ou receios tem a mecânica da vida? Que escrúpulos químicos tem o impulso que gera As seivas, e a circulação do sangue, e o amor? Que memória dos outros tem o ritmo alegre da vida? Ah, pobre vaidade de carne e osso chamada homem. Não vês que não tens importância absolutamente nenhuma? És importante para ti, porque é a ti que te sentes. És tudo para ti, porque para ti és o universo, E o próprio universo e os outros Satélites da tua subjectividade objectiva. És importante para ti porque só tu és importante para ti. E se és assim, ó mito, não serão os outros assim? Tens, como Hamlet, o pavor do desconhecido? Mas o que é conhecido? O que é que tu conheces, Para que chames desconhecido a qualquer coisa em especial? Tens, como Falstaff, o amor gorduroso da vida? Se assim a amas materialmente, ama-a ainda mais materialmente: Torna-te parte carnal da terra e das coisas! Dispersa-te, sistema físico-químico De células nocturnamente conscientes Pela nocturna consciência da inconsciência dos corpos, Pelo grande cobertor não-cobrindo-nada das aparências, Pela relva e a erva da proliferação dos seres, Pela névoa atómica das coisas, Pelas paredes turbilhonantes Do vácuo dinâmico do mundo...

Por Álvaro de Campos

⁠Paulo precisou ser jogado ao chão e ficar cego para se converter. Nabucodonosor precisou ir para o campo comer capim com os animais para se dobrar. Até quando você resistirá à voz do Espírito de Deus?

Por Hernandes Dias Lopes

Quando acreditamos em nós mesmos, podemos arriscar a curiosidade, a admiração, o prazer espontâneo ou qualquer experiência que revele o espírito humano.

Por E. E. Cummings

Apenas uma guerra é permitida à espécie humana: a guerra contra a extinção.

Por Isaac Asimov

Silêncio Amoroso Preciso do teu silêncio cúmplice sobre minhas falhas. Não fale. Um sopro, a menor vogal pode me desamparar. E se eu abrir a boca minha alma vai rachar. O silêncio, aprendo, pode construir. É um modo denso/tenso - de coexistir. Calar, às vezes, é fina forma de amar.

Por Affonso Romano de Sant'Anna

Somos uma sociedade extremamente violenta com nossas crias. Insistimos em não atender as queixas dos bebês, que dependem exclusivamente do cuidado dos adultos.

Por Laura Gutman

É impossível correr bem olhando para trás. As dificuldades, os conflitos, as expectativas frustradas, as inseguranças, os abusos, as relações complicadas e os acontecimentos marcantes da vida fazem com que todos nós carreguemos certa bagagem da qual precisamos nos livrar. O segredo é estar disposto a tratar essas feridas emocionais, pois, quanto mais para o fundo da mochila empurrarmos esses sentimentos, mais entranhados eles ficarão. E essa mochila pode se tornar um fardo grande demais para se carregar todo dia.

Por Flip Flippen

- Efetivamente, disseram-me - tornou o conde - que os senhores repetiam sinais que nem sequer compreendiam. - Decerto, senhor; e eu antes quero isso - disse a rir o homem do telégrafo. - Por que é que antes quer isso? - Porque desse modo não tenho responsabilidade. Sou uma máquina, nada mais, e, contanto que funcione, não me pedem outra coisa.

Por Alexandre Dumas