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Meu corpo estiraçado, lânguido, ao logo do leito. O cigarro vago azulando os meus dedos. O rádio... a música... A tua presença que esvoaça em torno do cigarro, do ar, da música... Ausência!, minha doce fuga! Estranha coisa esta, a poesia, que vai entornando mágoa nas horas como um orvalho de lágrimas, escorrendo dos vidros duma janela, numa tarde vaga, vaga...
Por Fernando NamoraSua beleza, sua coragem, agora vejo que não há motivo para inveja. Suas qualidades serão sua queda!
Por Duas RainhasO Contrário do Amor O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro. Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor. Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada. Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Por Martha MedeirosTUDO É AMOR Observa, amigo, em como do amor tudo provém e no amor tudo se resume. Vida – é o Amor existencial. Razão – é o Amor que pondera. Estudo – é o Amor que analisa. Ciência – é o Amor que investiga. Filosofia – é o Amor que pensa. Religião – é o Amor que busca Deus. Verdade – é o Amor que se eterniza. Ideal – é o Amor que se eleva. Fé – é o Amor que se transcende. Esperança – é o Amor que sonha. Caridade – é o Amor que auxilia. Fraternidade – é o Amor que se expande. Sacrifício – é o Amor que se esforça. Renúncia – é o Amor que se depura. Simpatia – é o Amor que sorri. Altruísmo – é o Amor que se engrandece. Trabalho – é o Amor que constrói. Indiferença – é o Amor que se esconde. Desespero – é o Amor que se desgoverna. Paixão – é o Amor que se desequilibra. Ciúme – é o Amor que se desvaira. Egoísmo – é o Amor que se animaliza. Orgulho – é o Amor que se enlouquece. Sensualismo – é o Amor que se envenena. Vaidade – é o Amor que se embriaga. Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do Amor, não é senão o próprio Amor que adoeceu gravemente. Tudo é Amor. Não deixes de amar nobremente. Respeita, no entanto, a pergunta que te faz, a cada instante, a Lei Divina: “COMO?”.
Por André LuizO que nos atrai para a literatura não é que ela seja familiar para nós, é podermos nos relacionar com o valor universal que existe nela.
Por Jokha AlharthiHá, talvez, muitas causas pelas quais vale a pena morrer, mas para mim, certamente, não há nenhuma que justifique matar.
Por Albert DietrichII Samuel, 2SM, 16:14, O rei e todo o povo que ia com ele chegaram exaustos ao Jordão e ali descansaram.
Por II Samuel, Antigo TestamentoNaum, NA, 3:16, Os seus negociantes eram mais numerosos do que as estrelas do céu, mas como gafanhotos bateram asas e voaram.
Por Naum, Antigo Testamento