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Vai, duas vidas a mais Te fizeram capaz De ferir tua visão Vai, quando a gente não vem Leva sempre um porém Dentro do teu coração
Por BarroSe você vier me perguntar por onde andei No tempo em que você sonhava De olhos abertos lhe direi Amigo, eu me desesperava Sei que assim falando pensas Que esse desespero é moda em 73 Mas ando mesmo descontente Desesperadamente eu grito em português Tenho 25 anos de sonho e de sangue E de América do Sul Por força desse destino O tango argentino me vai bem melhor que o blues
Por BelchiorAlgumas coisas são inexplicáveis pra quem está de fora. Existem códigos secretos que só pertencem aos que partilharam a mesma mesa, o mesmo quarto, as mesmas brincadeiras, os mesmos pais. Talvez cumplicidade e camaradagem sejam as palavras certas pra definir esse tipo de amor, que começa com um "não me entrega que eu também não te entrego", e segue vida afora compreendendo os traumas ocultos, as dores disfarçadas, a raiva acumulada, a alegria infantil, a inércia justificada. Mesmo longe, as mãos se reconhecem e se apoiam. Mesmo sem palavras, o entendimento é real. E no fim das contas, é aquele olhar cúmplice ("não me dedura por favor...") que nos levanta e aquece. É aquele olhar que justifica e valida a beleza da vida, do mundo, das pessoas. E, de alguma forma que não sei dizer, traz alívio e paz. Não posso imaginar que aquilo que dividimos há tanto tempo me apazigue como fazem essas lembranças. Nada de mim está mais lá, apenas a memória de velhos pijamas de dormir e a voz suave de mamãe contando histórias pra explicar a vida e justificar o amor.
Por Fabíola SimõesA vida nem sempre é justa. Às vezes, o mundo pode ser cruel. É por isso que precisam aprender a ser cruéis.
Por Cobra KaiSalmos, SL, 36:9, Pois em ti está a fonte da vida; na tua luz, vemos a luz.
Por Salmos, Antigo TestamentoQuando as folhas caírem nos caminhos, ao sentimentalismo do sol poente, nós dois iremos vagarosamente, de braços dados, como dois velhinhos… E que dirá de nós toda essa gente, quando passarmos mudos e juntinhos? - "Como se amaram esses coitadinhos! Como ela vai, como ele vai contente!" E por onde eu passar e tu passares, hão de seguir-nos todos os olhares e debruçar-se as flores nos barrancos… E por nós, na tristeza do sol posto, hão de falar as rugas do meu rosto… Hão de falar os teus cabelos brancos…
Por Guilherme de Almeida