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Números, NM, 34:9, dali, seguirá até Zifrom, e as suas saídas serão em Hazar-Enã. Esta será para vocês a fronteira norte.
Por Números, Antigo TestamentoNão são as nossas ideias que nos fazem otimistas ou pessimistas, mas o otimismo e o pessimismo de origem fisiológica que fazem as nossas ideias.
Por Miguel UnamunoEle era um mistério para desvendar, um quebra-cabeça que eu queria desesperadamente resolver.
Por Kendall RyanVôo longe e onde estou Me descubro, meu lugar Se tem vento há de soprar Nessa noite sigo e sou Pequeno pó Sem laço um nó Disperso só Sereno, são E o coração Vai com sede de chegar E se a vida te entrega Novas ondas revela E se o tempo Há de voltar
Por BarroO dinheiro faz o homem pensar Assim como o problema faz o homem aprender Do jeito que barreira faz um homem crescer A fome é o motivo que faz o homem implorar Sabe que um beijo faz o homem lembrar Assim como um olhar faz o homem esquecer Do jeito que um sonho faz um homem querer E o querer pode fazer qualquer homem voltar Mas só uma mulher faz um homem chorar Como se o mundo fosse se acabar Como se tudo fosse se perder
Por FiótiPrimeiro a gente tem que entender o que a gente é, se desprender das outras pessoas, ter a clareza de entender o que a gente é, pra gente definir o que a gente quer. E, ao mesmo tempo, juntinho, se sentir apto a realizar o que a gente quer.
Por Camila CoutinhoNúmeros, NM, 7:60, No nono dia, foi Abidã, filho de Gideoni, chefe dos filhos de Benjamim.
Por Números, Antigo TestamentoO Contrário do Amor O contrário de bonito é feio, de rico é pobre, de preto é branco, isso se aprende antes de entrar na escola. Se você fizer uma enquete entre as crianças, ouvirá também que o contrário do amor é o ódio. Elas estão erradas. Faça uma enquete entre adultos e descubra a resposta certa: o contrário do amor não é o ódio, é a indiferença. O que seria preferível, que a pessoa que você ama passasse a lhe odiar, ou que lhe fosse totalmente indiferente? Que perdesse o sono imaginando maneiras de fazer você se dar mal ou que dormisse feito um anjo a noite inteira, esquecido por completo da sua existência? O ódio é também uma maneira de se estar com alguém. Já a indiferença não aceita declarações ou reclamações: seu nome não consta mais do cadastro. Para odiar alguém, precisamos reconhecer que esse alguém existe e que nos provoca sensações, por piores que sejam. Para odiar alguém, precisamos de um coração, ainda que frio, e raciocínio, ainda que doente. Para odiar alguém gastamos energia, neurônios e tempo. Odiar nos dá fios brancos no cabelo, rugas pela face e angústia no peito. Para odiar, necessitamos do objeto do ódio, necessitamos dele nem que seja para dedicar-lhe nosso rancor, nossa ira, nossa pouca sabedoria para entendê-lo e pouco humor para aturá-lo. O ódio, se tivesse uma cor, seria vermelho, tal qual a cor do amor. Já para sermos indiferentes a alguém, precisamos do quê? De coisa alguma. A pessoa em questão pode saltar de bungee-jumping, assistir aula de fraque, ganhar um Oscar ou uma prisão perpétua, estamos nem aí. Não julgamos seus atos, não observamos seus modos, não testemunhamos sua existência. Ela não nos exige olhos, boca, coração, cérebro: nosso corpo ignora sua presença, e muito menos se dá conta de sua ausência. Não temos o número do telefone das pessoas para quem não ligamos. A indiferença, se tivesse uma cor, seria cor da água, cor do ar, cor de nada. Uma criança nunca experimentou essa sensação: ou ela é muito amada, ou criticada pelo que apronta. Uma criança está sempre em uma das pontas da gangorra, adoração ou queixas, mas nunca é ignorada. Só bem mais tarde, quando necessitar de uma atenção que não seja materna ou paterna, é que descobrirá que o amor e o ódio habitam o mesmo universo, enquanto que a indiferença é um exílio no deserto.
Por Martha Medeiros