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Deuteronômio, DT, 28:25, O Senhor fará com que vocês sejam derrotados pelos seus inimigos; vocês sairão contra eles por um caminho, mas voltarão, fugindo, por sete caminhos, e serão objeto de espanto para todos os reinos da terra.

Por Deuteronômio, Antigo Testamento

“Cada um de nós já se relacionou com centenas de pessoas que nunca nos olharam além de nossas aparências. Já nos relacionamos com centenas de pessoas que, ao olhar para nós, começam a calcular a nossa utilidade, o que poderão obter de nós. Temos conhecido centenas de pessoas que, mal nos vêem, fazem de nós um rápido julgamento, classificando-nos então em determinada categoria, para que não tenham que se relacionar conosco como pessoas. Tratam-nos sempre como se fôssemos menos do que somos, e, se nos relacionarmos constantemente com essas pessoas, nos tornaremos realmente menores! Então, um homem ou uma mulher que não busca alguém para usar entra em nossa vida; ele, ou ela, é suficientemente paciente para descobrir o que se passa realmente dentro de nós, e é seguro o bastante para não explorar nossas fraquezas ou atacar nossas forças; e reconhece nosso direito à vida interior e a dificuldade que temos para viver inteiramente as nossas convicções íntimas. E então apóia e facilita o que há no fundo do nosso coração. Ele, ou ela, é um amigo.” [Trecho do Livro: Transpondo Muralhas]

Por Eugene Peterson

O mundo nunca foi redimido pelo ódio.

Por Hermann Broch

O Homem Nu Ao acordar, disse para a mulher: — Escuta, minha filha: hoje é dia de pagar a prestação da televisão, vem aí o sujeito com a conta, na certa. Mas acontece que ontem eu não trouxe dinheiro da cidade, estou a nenhum. — Explique isso ao homem — ponderou a mulher. — Não gosto dessas coisas. Dá um ar de vigarice, gosto de cumprir rigorosamente as minhas obrigações. Escuta: quando ele vier a gente fica quieto aqui dentro, não faz barulho, para ele pensar que não tem ninguém. Deixa ele bater até cansar — amanhã eu pago. Pouco depois, tendo despido o pijama, dirigiu-se ao banheiro para tomar um banho, mas a mulher já se trancara lá dentro. Enquanto esperava, resolveu fazer um café. Pôs a água a ferver e abriu a porta de serviço para apanhar o pão. Como estivesse completamente nu, olhou com cautela para um lado e para outro antes de arriscar-se a dar dois passos até o embrulhinho deixado pelo padeiro sobre o mármore do parapeito. Ainda era muito cedo, não poderia aparecer ninguém. Mal seus dedos, porém, tocavam o pão, a porta atrás de si fechou-se com estrondo, impulsionada pelo vento. Aterrorizado, precipitou-se até a campainha e, depois de tocá-la, ficou à espera, olhando ansiosamente ao redor. Ouviu lá dentro o ruído da água do chuveiro interromper-se de súbito, mas ninguém veio abrir. Na certa a mulher pensava que já era o sujeito da televisão. Bateu com o nó dos dedos: — Maria! Abre aí, Maria. Sou eu — chamou, em voz baixa. Quanto mais batia, mais silêncio fazia lá dentro. Enquanto isso, ouvia lá embaixo a porta do elevador fechar-se, viu o ponteiro subir lentamente os andares... Desta vez, era o homem da televisão! Não era. Refugiado no lanço da escada entre os andares, esperou que o elevador passasse, e voltou para a porta de seu apartamento, sempre a segurar nas mãos nervosas o embrulho de pão: — Maria, por favor! Sou eu! Desta vez não teve tempo de insistir: ouviu passos na escada, lentos, regulares, vindos lá de baixo... Tomado de pânico, olhou ao redor, fazendo uma pirueta, e assim despido, embrulho na mão, parecia executar um ballet grotesco e mal ensaiado. Os passos na escada se aproximavam, e ele sem onde se esconder. Correu para o elevador, apertou o botão. Foi o tempo de abrir a porta e entrar, e a empregada passava, vagarosa, encetando a subida de mais um lanço de escada. Ele respirou aliviado, enxugando o suor da testa com o embrulho do pão. Mas eis que a porta interna do elevador se fecha e ele começa a descer. — Ah, isso é que não! — fez o homem nu, sobressaltado. E agora? Alguém lá embaixo abriria a porta do elevador e daria com ele ali, em pêlo, podia mesmo ser algum vizinho conhecido... Percebeu, desorientado, que estava sendo levado cada vez para mais longe de seu apartamento, começava a viver um verdadeiro pesadelo de Kafka, instaurava-se naquele momento o mais autêntico e desvairado Regime do Terror! — Isso é que não — repetiu, furioso. Agarrou-se à porta do elevador e abriu-a com força entre os andares, obrigando-o a parar. Respirou fundo, fechando os olhos, para ter a momentânea ilusão de que sonhava. Depois experimentou apertar o botão do seu andar. Lá embaixo continuavam a chamar o elevador. Antes de mais nada: "Emergência: parar". Muito bem. E agora? Iria subir ou descer? Com cautela desligou a parada de emergência, largou a porta, enquanto insistia em fazer o elevador subir. O elevador subiu. — Maria! Abre esta porta! — gritava, desta vez esmurrando a porta, já sem nenhuma cautela. Ouviu que outra porta se abria atrás de si. Voltou-se, acuado, apoiando o traseiro no batente e tentando inutilmente cobrir-se com o embrulho de pão. Era a velha do apartamento vizinho: — Bom dia, minha senhora — disse ele, confuso. — Imagine que eu... A velha, estarrecida, atirou os braços para cima, soltou um grito: — Valha-me Deus! O padeiro está nu! E correu ao telefone para chamar a radiopatrulha: — Tem um homem pelado aqui na porta! Outros vizinhos, ouvindo a gritaria, vieram ver o que se passava: — É um tarado! — Olha, que horror! — Não olha não! Já pra dentro, minha filha! Maria, a esposa do infeliz, abriu finalmente a porta para ver o que era. Ele entrou como um foguete e vestiu-se precipitadamente, sem nem se lembrar do banho. Poucos minutos depois, restabelecida a calma lá fora, bateram na porta. — Deve ser a polícia — disse ele, ainda ofegante, indo abrir. Não era: era o cobrador da televisão.

Por Fernando Sabino

Atos, AT, 14:13, O sacerdote de Júpiter, cujo templo estava em frente da cidade, trazendo touros e grinaldas para junto dos portões da cidade, queria oferecer um sacrifício juntamente com a multidão.

Por Atos, Novo Testamento

Eu não quero nada Com seu riso indecente Já conheço o seu tempero Seu segredo e seu suor Mas não consigo perder mais tempo Você tem que ir embora Já começa a amanhecer

Por Beto Guedes

Provérbios, PV, 21:4, Olhar arrogante e coração orgulhoso - a lâmpada dos ímpios - são pecado.

Por Provérbios, Antigo Testamento

Salmos, SL, 40:16, Exultem e em ti se alegrem todos os que te buscam; os que amam a tua salvação digam sempre: ´O Senhor seja engrandecido!`

Por Salmos, Antigo Testamento

Doce Amargura A Tia Fia, (ou Graça, Gracinha e agora Vó) sempre foi minha paixão e inspiração. Porque será que vc não foi minha mãe? Se fosse não daria tão certo. Eu a sigo em quase tudo. Torcemos pro mesmo time (Cruzeiro o glorioso). Minha primeira profissão foi a mesma dela. Amamos animais e outras coisitas mais. Quando era criança me alegria era ir para sua casa. Chorava inclusive quando me enganavam. Se hoje sou tudo isso que ela acha que sou, saiba que contribuiu muito pra isso, pelo seu exemplo, sempre forte, ativa, corajosa. Admirava vê-la sempre trabalhando. Mulher independente. Te admiro e te amo muito. E claro ela é isso tudo e ainda minha madrinha.

Por Tamy Henrique Reis Gomes

A castidade com que abria as coxas e reluzia a sua flora brava Na mansuetude das ovelhas mochas, e tão estreita, como se alargava. Ah, coito, coito, morte de tão vida, sepultura na grama, sem dizeres Em minha ardente substância esvaída, eu não era ninguém e era mil seres em mim ressuscitados Era Adão, primeiro gesto nu ante a primeira negritude de corpo feminino Roupa e tempo jaziam pelo chão E nem restava mais o mundo, à beira dessa moita orvalhada, nem destino.

Por Carlos Drummond de Andrade