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Gosto quando te calas Gosto quando te calas porque estás como ausente, e me ouves de longe, minha voz não te toca. Parece que os olhos tivessem de ti voado e parece que um beijo te fechara a boca. Como todas as coisas estão cheias da minha alma emerge das coisas, cheia da minha alma. Borboleta de sonho, pareces com minha alma, e te pareces com a palavra melancolia. Gosto de ti quando calas e estás como distante. E estás como que te queixando, borboleta em arrulho. E me ouves de longe, e a minha voz não te alcança: Deixa-me que me cale com o silêncio teu. Deixa-me que te fale também com o teu silêncio claro como uma lâmpada, simples como um anel. És como a noite, calada e constelada. Teu silêncio é de estrela, tão longinqüo e singelo. Gosto de ti quando calas porque estás como ausente. Distante e dolorosa como se tivesses morrido. Uma palavra então, um sorriso bastam. E eu estou alegre, alegre de que não seja verdade.
Por Pablo NerudaDaniel, DN, 3:29, Portanto, faço um decreto, ordenando que todo povo, nação e língua que disser blasfêmia contra o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego seja despedaçado, e que as suas casas sejam reduzidas a ruínas. Porque não há outro deus que possa livrar como este.
Por Daniel, Antigo TestamentoAquele que rejeita a mudança é o arquiteto da decadência. A única instituição humana que rejeita o progresso é o cemitério.
Por Harold WilsonO Teatro Mágico Entrada Para Raros Fernando Anitelli Composição: Fernando Anitelli No inicio era o verbo... e o verbo era deus... E o verbo estava com deus, E já não eram sós , ambos conjugavam-se entre si, Discutiam quem seria a primeira e a segunda pessoa, Quem era verbo... quem era deus, A ação e a interpretação... quem era a parte e quem era o todo. Deus (o pai, o filho e o espírito santo), Era também o verbo (regular e irregular) E todos questionavam-se sobre quem seria o sujeito E quem seria o predicado, Quem se conjugaria no pretérito e quem renunciaria A forma "mais que perfeita"! Deus era o verbo e o verbo era deus, Conjugavam-se de maneira irregular... explicitando suas diferenças, Reconhecendo os fragmentos e os complementos Buscavam a medida certa E assim... reconheceram-se uno... Eu deus, tu deus, ele deus, nós deus, vós deus... eles deus Somos dotados deste curioso poder, Mudamos nosso significado, nosso signo, Nosso comportamento e nossos conceitos (que por sua vez chegam ate nós depois de se modificarem Muitas e outras vezes!) Temos uma ferramenta e tanto nas mãos, e nos pés... Temos acorrentados nossos motivos de sobra pra relaxarmos E acomodarmos com a vida que levamos agora... O teatro mágico é o teatro do nosso interior... A história que contamos todos os dias E ainda não nos demos conta... As escolhas que fazemos em busca dos melhores atos, Dos melhores sabores, Das melhores melodias e dos melhores personagens Que nos compõem, As peças que encenamos e aquelas que nos encerram... ... nosso roteiro imaginário é a maneira improvisada De viver a vida... De sobreviver o dia, de ressaltar os tombos e relançar as idéias, O teatro nosso de cada dia...
Por Fernando AnitelliProvérbios, PV, 8:3, Junto aos portões, à entrada da cidade, à entrada dos portões ela está gritando:
Por Provérbios, Antigo Testamento