Frases e palavras de impacto de Luciano Spagnol (poeta do cerrado)!

SONATA DE OUTONO Versos de folhas caídas Circuito de vida, na vida Folhas mortas, já vencidas Num balé de vinda e ida Vão ao chão, são paridas Trilha de ilusão descida Na melancolia, ouvidas Numa inevitável corrida Do fado, no seu instante Duma outrora agonizante Em apelos da mocidade De tão veloz, e vai avante No seu horizonte gigante Os outonos e a saudade... © Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2018, 13 de março Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

DESENCONTRO Que sorte forasteira é esta Que caminha sem sentido Riscando rumo partido E pouca ventura empresta? Finge ser o destino, direção Sussurrando ser boa nova Se mais parece uma cova Exílio arquitetado pro coração. São desencontrados gestos A nos jogar feridos ao chão, Criando silêncio na emoção, Com tais sonhos indigestos, Que viram amarras pra ilusão, Solidão nos desejos incertos, E nos fazem boquiabertos... Sem ter o amor, ah isto não! © Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2017, maio Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

DoDia e DaNoite DoDia o sol ruboresce no cerrado torto, desigual DaNoite o céu estrelece e os sonhos num ritual... Banha-se o rosto na bica fria, da madrugada DoDia Estórias já são DaNoite, futrica pois, é o tempo em travessia. DaNoite e ou DoDia, a poesia plica. E segui a sina... © Luciano Spagnol Poeta do cerrado 31 de maio, 2018 Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

60 anos 60 segundos, 60 dias, 60 anos... estórias, Histórias... O tempo fazendo a vida, a vida glórias... e as glórias planos... conquistas e danos... e assim vão as memórias. É ser agradecido, podido, forte, destemido. É ser rima, é ser verso, é ter Deus no universo. Um novo itinerário... mais um aniversário. É dia de comemoração. Cada minuto, caminheiro, missionário... Paz e Bem e amor no coração. ... a vida desfiando o seu rosário. © Luciano Spagnol poeta do cerrado 27 de fevereiro de 2018 cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

TEMPO EM SONETO Se tempo é a minha fortuna, quero ir além Ter quem, no essencial tempo para amar Tempo nas palavras pra falar com o olhar Tempo no tempo pra ter tempo, também... Porém, que este tempo traga um lugar Que se possa no tempo confiar a alguém Tempo ao tempo que esperança contém Criando tempo no meu vário caminhar Se tempo é tudo que tenho, me convém Aprecia-lo com tempo, assim, respeitar Cada tempo que o tempo no fado detém Então, no tempo eu ter afeto sem desdém E cada detalhe do tempo, o bem embalar Sem objeções e ofensas ao tempo... Amém! Luciano Spagnol Poeta do cerrado Janeiro de 2017 Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

SEM INSPIRAÇÃO Às vezes uma poética me entala Nesta lacuna em que eu ando Sofro, cá no cerrado, quando A saudade dentro do peito fala Inspirações sufoquei nefando Sem as trovas numa luz sincera Ah! Cada rima com força quisera No senso, e não o cântico calando Sinto que nas quimeras fui rude Choro cada outrora desta sandice Já alquebrado, foi-se a juventude Os versos que não criei por tolice Por desventura escrever não pude E assim tornar a prosa na mesmice © Luciano Spagnol- poeta do cerrado Cerrado goiano, 09 de dezembro, 2019 Olavobilaquiando

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

RONDA SILENCIOSA Solidão cerrada, aquietada, escura Afora a janela, o cerrado tão calado Na imensidade do céu não fulgura Um só brado, um ermo imaculado Cá dentro, a mudez flébil murmura E a melancolia no vento é fustigado Escoriando a alma, áspera candura Em um rasgar do silêncio denodado Ecoa surdamente sôfrega bofetada De escora frouxa, completamente Aflando ali a apertura tão abafada E, a letargia, assim, vorazmente Faz tácitos claustros de morada Em ronda silenciosa, lentamente © Luciano Spagnol- poeta do cerrado Cerrado goiano, 5 de dezembro, 2019 Olavobilaquiando

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

As inspirações são sempre latentes... Basta abrir a porta da alma de uma forma ou outra para fluir sentimentos escritos... © Luciano Spagnol poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

SONETO DE UM AMOR PROIBIDO Da paixão surgiu o meu eu encantado Do silêncio, suspiros sem sons ledos Engasgados como são nossos medos Onde o inviável está ali aprisionado Aqui confesso, então, estes segredos D'alma que vai com o perigo ao lado Desgovernado sem o tempo marcado Pávido e, com os sentimentos vedos Triste o afeto que quer ser enamorado E se queima em aventurosos folguedos De ilusão, que não deveria ser desejado O que é rochedo é o amor proclamado Tudo passa, é passageiro, só enredos E este, proibido, é um amor agoniado... Luciano Spagnol Poeta do cerrado Fevereiro de 2017 Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

ADEUS ANO VELHO Deste que passaram-se horas Do velho ano Do ano que já é outrora Agora recordação, tempo profano A cada segundo, minuto, hora Dia após dia, quotidiano O tempo vai, vai embora Sorrateiro e ufano Muito antes, antes de mim Veloz e insano Sem parar, até o fim... No diverso plano Vida que segue, "Quixotesco" no seu rocim Adeus velho ano! Luciano Spagnol Cerrado goiano Poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Nenhum som é mais bonito, que ao se pronunciar: - um abraço! © Luciano Spagnol poeta do cerrado cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

A PORTA De tábua és construída ao vento e a poeira corta marca chegada e partida viva e morta: sou a porta Eu abro para quimera me fecham no temporal sou tramelada, espera proteção, da casa ritual E neste abre e fecha a escada é o meu chão lá fora eu vejo pela brecha... O bem, é a porta do coração. © Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2017, 27 de maio Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

DO PLANALTO Ó horizonte além do olhar atento Onde agacha o sol na tua entranha Escondendo o dia a teu contento Rajando de rubro o céu que assanha Chão de encostas e poeirado arbusto Tal qual a composição de um verso tosco És dos pedregulhos e riachos vetusto De robusto negalho (cristal) luzido e fosco Daqui se vê o céu com mais estrelas Que poetam poemas que a ilusão cria Debruçadas com a emoção nas janelas De contos e "causos" que pela noite fia Eu sou cerrado e sua rude serenidade Eu sou da terra, e a terra é para mim Dum canto que não tem início, metade, e nem fim. © Luciano Spagnol poeta do cerrado Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

O artista não morre se transforma em fração do infinito... - Maestro Guilherme Vaz POR AQUI PASSOU UM LOBO SOLITÁRIO Quatro da tarde O pranto indígena em prece A dor açoita. O vento arde O silêncio cresce, sem meça Do choroso canto à parte... Junta-se o coração em pedaços Em sentidos lamentos à la carte Gemidos partidos, sublinhados em traços Do travador, mestre, da saudade em encarte. “Por aqui passou um lobo solitário.” Não foi mais um, foi um! Foi arte! ... foi vário. “Ele está em todos lugares e em lugar nenhum.” © Luciano Spagnol poeta do cerrado ao primo Guilherme Vaz.

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Silêncio, falas da solidão.

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

BEM-VINDO JUNHO O que vem, assim virá, maio encerra seu voo, passou. Novo fado, novo sol surgirá, outro tempo, JUNHO chegou! © Luciano Spagnol poeta do cerrado cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

NO CHÃO DA PARAÍBA (Tereza Norma) De volta ao seu chão, nordestino Pés, nos pés da sua Paraíba Neste regresso, és sol matutino Reencontro, onde o orgulho arriba Nos braços e nos abraços, oxente Cada traço riscando o seu cristalino Es destino, em um destino resistente Distante, e ainda daí. Oh, menino! Apesar da aparência de estradeira Tal onipotente é o amor Divino Assim, também, és forte videira Na fado um espírito peregrino Tua terra, do Nordeste, Norma Tereza Resvala nas lembranças hospedeira D’Alma, porém nesta tal correnteza Jorra a tua saudade verdadeira... © Luciano Spagnol Poeta do cerrado 2018, maio. Cerrado goiano

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Poesia é a lágrima do poeta, e o balsamo do leitor... © Luciano Spagnol poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

A poesia dá voltas, aquieta, agita, chora, ri, liça, reconcilia. Na alegria sempre latente, e na alma presente... © Luciano Spagnol - poeta do cerrado 2012, Rio de Janeiro

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Aos mestres com carinho... Aquele que transmite o que aprendeu Aprende ensinando, ensina o caminho Nossa reverência ao sábio no apogeu Da dedicação, os que redigem a educação Sacerdote da instrução, das letras, do liceu Gratidão eterna aos formadores de cidadãos.

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

VIRADA Começa a haver meia noite, memoração Como se tudo no tilintar das taças finda Calam-se os corações, os fogos falam Abraços hão de haver, de haver ainda E o universo inteiro sozinho... O meu fadário calado e na berlinda Do silêncio na inspiração d'um ninho Ruídos da rua, passos de ida e vinda E os festejos sussurrando baixinho E sozinho o universo inteiro... Felicitações me são dadas do vizinho Pelo ar ecoam acumulação de cheiro Então deixo ilusões na taça de vinho E velo solenemente o meu cativeiro E inteiro sozinho o universo... No rés do chão ter esperanças é roteiro Já o pensamento na saudade disperso Esperando, escutando, leve e sorrateiro Qualquer coisa, antes de dormir, averso Sozinho, solitário não, romeiro... Vou dormir! Amanhã, dia outro e diverso. Luciano Spagnol Cerrado goiano Poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

A NOITE Oh! jornada negra! O silêncio debruçado Lá fora... um raio rasgando o céu, espia A minha alma, teimosa, cheia de porfia Fria, chuva que cai, molhando o cerrado No horizonte desfalece a luz do fim do dia No céu tenebrosa, a lua, e o quarto calado E só, trevoso e largo, o trovão estardalhado Troando a solidão da chuvosa noite vazia Devassa... oh! jornada escura de loucura Que estardalhaça no peito suspiro fundo E excarcera o medo sem qualquer ternura Pobre umbroso de arrelia, e moribundo O sono, pávido e prostrado de amargura A noite, chuvosa, faz-se lento o segundo. © Luciano Spagnol poeta do cerrado 2018, 25 de outubro Cerrado goiano Olavobilaquiando

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Amor, infusão de almas... © Luciano Spagnol Poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Tem quem venha e tudo tenha os que passam e tudo passa neste passado, caçador e caça os que deixam marca e o não marcado, embarca pra não mais, os sem valia também tem, ainda bem são os que ficam na poesia... © Luciano Spagnol 15/05/2016 Cerrado goiano Poeta mineiro do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)

Que no arraiá de junho se possa pular os problemas passar a limpo o rascunho sem teoremas. Achar a barraquinha de sonhos e se lambuzar de amor, sem fado enfadonhos... BEM VINDO JUNHO Luciano Spagnol poeta do cerrado

Por Luciano Spagnol (poeta do cerrado)