Eu odeio este lugar. Odeio que a mulher que viveu comigo durante 42 anos esteja morta, que em um minuto, numa manhã de sábado, ela estivesse na cozinha misturando massa de waffle em uma tigela e me contando sobre a briga na reunião do conselho da biblioteca na noite anterior e, no minuto seguinte, estivesse no chão, contorcendo-se enquanto o derrame partia seu cérebro ao meio. Odeio o fato de suas últimas palavras terem sido: ‘Onde eu botei a porcaria da baunilha?’.
A frase mais vista deste Autor.
Me disseram que meu espaço liminar é como a escuridão de um túmulo. Mas acho que é como a escuridão da outra ponta da vida. A escuridão de tudo o que está à frente, não de tudo que ficou para trás.
No meu aniversário de 75 anos fiz duas coisas: visitei o túmulo da minha esposa, depois entrei para o exército.