Frases e palavras de impacto de Henriqueta Lisboa!

Meu pensamento em febre é uma lâmpada acesa a incendiar a noite. Meus desejos irrequietos, à hora em que não há socorro, dançam livres como libélulas em redor do fogo.

Por Henriqueta Lisboa

A menina selvagem veio da aurora acompanhada de pássaros, estrelas-marinhas e seixos. Traz uma tinta de magnólia escorrida nas faces. Seus cabelos, molhados de orvalho e tocados de musgo, cascateiam brincando com o vento. A menina selvagem carrega punhados de renda, sacode soltas espumas. Alimenta peixes ariscos e renitentes papagaios. E há de relance, no seu riso, gume de aço e polpa de amora. Reis Magos, é tempo! Oferecei bosques, várzeas e campos à menina selvagem: ela veio atrás das libélulas.

Por Henriqueta Lisboa

Sob os pés dos vândalos as pedras arrasam-se. Do chão limpo os pacíficos erguem torres bíblicas. Os rebeldes, de árbitros, destroem os ídolos. Os dóceis, na dúvida, valorizam as órbitas. A fibra dos bárbaros, a astúcia dos tímidos.

Por Henriqueta Lisboa

Os Lírios Certa madrugada fria irei de cabelos soltos ver como crescem os lírios. Quero saber como crescem simples e belos – perfeitos! – ao abandono dos campos. Antes que o sol apareça, neblina rompe neblina com vestes brancas, irei. Irei no maior sigilo para que ninguém perceba contendo a respiração. Sobre a terra muito fria dobrando meus frios joelhos farei perguntas à terra. Depois de ouvir-lhe o segredo deitada por entre os lírios adormecerei tranqüila.

Por Henriqueta Lisboa

“Serenidade. Encantamento. A alma é um parque sob o luar. Passa de leve a onda do vento, fica a ilusão no seu lugar. Vem feito flor o pensamento, como quem vem para sonhar. Gotas de orvalho.Sentimento. Névoas tenuíssimas no olhar. Tombam as horas, lento e lento, como quem não nos quer deixar. Êxtase. Vésperas. Advento. Ouve! O silêncio vai falar! Mas não falou…Foi-se o momento… E não me canso de esperar”.

Por Henriqueta Lisboa

Um dia irei de cabelos soltos vestida de branco

Por Henriqueta Lisboa