Frases e palavras de impacto de Carlos de Oliveira!

De vez em quando a insônia vibra com a nitidez dos sinos, dos cristais. E então, das duas uma : partem -se ou não se partem as cordas tensas da sua harpa insuportável. No segundo caso, o homem que não dorme pensa:"o melhor é voltar-me para o lado esquerdo e assim,deslocando todo o peso do sangue sobre a metade mais gasta do meu corpo,esmagar o coração.

Por Carlos de Oliveira

⁠Infância Sonhos enormes como cedros que é preciso trazer de longe aos ombros para achar no inverno da memória este rumor de lume: o teu perfume, lenha da melancolia.

Por Carlos de Oliveira

⁠Acusam-me de mágoa e desalento, como se toda a pena dos meus versos não fosse carne vossa, homens dispersos, e a minha dor a tua, pensamento. Hei-de cantar-vos a beleza um dia, quando a luz que não nego abrir o escuro da noite que nos cerca como um muro, e chegares a teus reinos, alegria. Entretanto, deixai que me não cale: até que o muro fenda, a treva estale, seja a tristeza o vinho da vingança. A minha voz de morte é a voz da luta: se quem confia a própria dor perscruta, maior glória tem em ter esperança.

Por Carlos de Oliveira

⁠Lágrima A cada hora o frio que o sangue leva ao coração nos gela como o rio do tempo aos derradeiros glaciares quando a espuma dos mares se transformar em pedra. Ah no deserto do próprio céu gelado pudesses tu suster ao menos na descida uma estrela qualquer e ao seu calor fundir a neve que bastasse à lágrima pedida pela nossa morte.

Por Carlos de Oliveira

⁠Cantiga do Ódio O amor de guardar ódios agrada ao meu coração, se o ódio guardar o amor de servir a servidão. Há-de sentir o meu ódio quem o meu ódio mereça: ó vida, cega-me os olhos se não cumprir a promessa. E venha a morte depois fria como a luz dos astros: que nos importa morrer se não morrermos de rastros?

Por Carlos de Oliveira

⁠Juro pelos meus olhos que te venho pedir o apocalise da esperança

Por Carlos de Oliveira

Não há machado que corte a raiz ao pensamento.

Por Carlos de Oliveira