Frases e palavras de impacto de André Zanarella!

O VINHO Oh Deus que milagre é este do vinho! Que no exagero leva ao descaminho. Que seu filho chamou de sangue no cálice, Quando a confraternização foi o ápice. A festa começará na colheita da uva Feita em dia de sol sem ameaça de chuva. Os balseiros serão cheios para o esmagamento A tradição usa os pés como instrumento. O suco irá encontrar o fermento E a fermentação terá o seu momento. Etapa tumultuosa e etapa lenta, É a dança da mudança que é violenta. Entra suco e sai um vinho novo totalmente sujo, Coagem e o vinho será tomado só pelo bêbado marujo, Mas depois que o vinho passa por um período de descanso Ai ele esta pronto para ser apreciado de modo manso. Tem deus para o vinho para o povo grego e romano; Baco e Dionísio deuses com hábitos tão de humano. O vinho é sagrado para algumas religiões, Também é a bebida que desperta as paixões. Mas nunca esqueça beba com moderação, Pois ninguém é obrigado a aguentar beberão. Sem contar que bêbedo sempre faz coisas sem noção, Ai não adianta pedir a Deus o seu perdão. André Zanarella 12-08-2012 Balseiro =. Dorna ou balsa grande em que se pisam as uvas. = O que dirige a balsa ou jangada. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4406627

Por André Zanarella

ADEUS SUPERHOMEM Um planeta é destruído no confim, A história se inicia ou esta no fim? Como acordamos de um pesadelo, Quando a Rapunzel não tem mais cabelo? Um pai, uma mãe lança a semente ao acaso. Como o mimo extremo lança jovem para o vaso. Vaso funerário de cinzas com as estrelas no espaço, Incertezas e duvidas às vezes faltou um abraço. O super-homem olha para céu a procura de seu planeta, Sua supervisão lhe permite ver sem uso de uma luneta. A mãe do mimado ao extremo olha ao céu em oração Onde deixei os meus sonhos tão amados cair ao chão? A esperança nasce quando ele encontra um sorriso, Quando ele vê que mesmo na dor o sorrir foi preciso. Cada passo ao lado da humanidade a decepciona, Deus puniu com o filho marginal, Ele o abandona. Ele é um exilado em seus sentimentos. Mesmo assim vive o melhor de seus momentos. Ela em nome do falso amor sempre falou “sim”, E agora o seu fruto encontra num poço sem fim. O super-homem poderia ser Deus Mas por amar tanto a nós a divindade deu adeus. A mãe que achou que o “sim” é o amor Infelizmente apenas está colhendo a dor. O herói e a mãe. O filho e a humanidade, E nós humanos perdidos em nossa idealidade. A nós basta do super-homem ter a sua fé E do exemplo da mãe “darmos no pé”! André Zanarella 28-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4412676

Por André Zanarella

ACORDEI COM SAUDADES DE VOCE. Acordei com saudades de você Coloquei aquela musica que era mais sua que minha. Lembrei-me do seu olhar perdido para lua, E, após tantos anos percebi que era perdido para mim. Chorei uma lagrima contida, Afinal os segundos viraram anos E num lapso serão séculos os segundos de nossa separação. A música invade o castelo das nuvens, Levanta o pó do sótão e faz os seus achados, Engraçado que sempre me vejo com o rosto amassado Em contraste com seu rosto mais lindo, Rosto sem maquiagem acordando ao meu lado. Mexendo em minhas recordações, Ao seu lado nunca acordei mal humorado. Era leve. Leve como a pluma de má coruja, pois tinha você. Você era as notas de minha partitura particular. Hoje pela bilionésima vez acordei chorando Meu dragão lambendo meu rosto Esta noite sonhei com você. Jogo pela janela uma oração de felicidade a você Que seu príncipe lhe de um baú de sonhos bons Pois eu e meu dragão iremos à luta Mas meu coração hoje esta apertado. Andre Zanarella 16-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4165581

Por André Zanarella

AS LINDAS DANAIDES As lindas Danaides são cinquenta irmãs, Belas como as cores das mais belas manhãs. Na mitologia grega a estória delas é contada, Tem versão mais ou menos romanceada. Foram forçadas a um casamento sem amor E na noite de núpcias a matar o marido sem pudor. Uma irmã não cumpriu com o combinado, Quando foi ser punida Afrodite ficou de seu lado. As quarenta e nove irmãs viúvas casaram novamente Com grandes heróis deixando o seu pai contente, Mas no desencarnarem com Hades foram acertar E uma punição pelo assassinato Hades a elas foram a ajustar. As lindas Danaides tinham que encher com água um tonel, Enquanto não enchessem no inferno sofreriam de modo cruel; Para isso cada uma tinha apena um jarro furado, Desse modo cada uma delas pagaria o seu pecado. Dessa lenda tão antiga surgiram expressões no nosso mundo: Exemplo: ”Tonel das Danaides” ou “Poço sem fundo” São coisas que fazemos mas que nunca tem realmente um fim. Se você tem essa compulsão vá para um psicólogo ou um botequim. André Zanarella 15-08-2012 Danaide: Espécie de roda hidráulica; danaida. Zoologia Inseto lepidóptero diurno da África, de asas vivamente coloridas. Fig. Tonel das Danaides, poço sem fundo, coisa de que não se vê o fim. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4394056

Por André Zanarella

CHURRASCO Vejo festas animadas pela carne e carvão, Mataram meu mundo com tiro de canhão, Desço ao inferno em nome de um amor, Apenas na esperança de achar uma bela flor. André Zanarella 17-08-2012 Creio que quanto menos animais nós comemos mais evoluídos somos. Outra coisa fogos de artifícios eu sou contra. Muitos pacientes sofrem paradas cardíacas e AVC como os fogos, sem contar a poluição que eles causam. http://www.recantodasletras.com.br/trovas/4356483

Por André Zanarella

DESLIGUE O CELULAR Mensagem de texto... Notificação... Chamada... Segunda chamada na espera... É o mundo moderno que cobra, Às vezes você teve um dia daqueles, Cliente chato falando na cabeça, Filha que fez arte quando você está atrasado. O arroz queimou, A peça vermelha foi para maquina com a roupa branca, A mulher está de TPM, Se você é leitora, você está de TPM. Nesses dias Desligue o celular! Deixe-o desligado por algumas horas, Sinta a sensação de desconectar um pouco, É algo psicológico. É algo que acalma. Relaxa. Se você é neurótico por conectividade, Desative por algumas horas as notificações, Ou então os torpedos. Melhor ainda desligue o celular por uma hora, Sente com uns amigos num bar, Peça algo para beber, Fale bobeira, Bobeira mesmo, Coisa que não tenha conteúdo, Coisa para dar risadas e relaxar, Desconectado do mundo é melhor. Desligue o celular! Experimente e me conte. Seja Feliz! Isso é o que importa. André Zanarella 19- 08- 2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4354288

Por André Zanarella

O LOUCO DA CASA Criamos muitas couraças, Na vida são tantas ameaças. Chega a hora em que vou partir, Fui criticado agora tenho que ir. Não sei o que é pele ou couraça, O que virá se será amor ou ameaça. Ando de cabeça erguida para o poente, De longe até pareço ser gente. Somos o nosso próprio vilão, Matamos por causa do pão. Dói confiar no tal do irmão; Na esquina ele será a traição. Sangra a minha alma, O corpo não se acalma. A couraça foi de papelão, Sou besouro esmagado no chão. Não aposto no sucesso, Aposto no meu regresso. O sucesso é efêmero, O meu tempo é nictêmero. Joguei o relógio fora, Os insetos voam lá fora; No regresso volto à luz, Todos esqueceram minha cruz. A cantora da um agudo. O judeu está tão barrigudo. O pintor fez o sorriso do querubim. Os bêbados dão festas no botequim. O sucesso é a fração do segundo, É a maldita rodada do mundo; É o também o bolor que come o pão, É o verme que engorda dentro do caixão. O fracasso é a lembrança, É rezar com toda a esperança, É o bolor na ultima fatia de pão, É ter fome dentro da escuridão, Querer cantar a beleza desafinada, Mas sentir que a sua alma esta acabada; O fracasso é fugir para o intimo exílio E perto de todos sofrer um martírio. Então aprendi a me avaliar baixo! Mesmo de nariz empinado sou cabisbaixo, Sou cria do meu pai. Não posso falar ai. Não tenho mais direito ao ir. Caio sobre a terra escura, Limpo a poeira como uma cura, Guardo as minhas asas de querubim E tenho apenas que sorrir... enfim. Andre Zanarella 28-02-2012 Nictêmero = Espaço de tempo que compreende um dia e uma noite.

Por André Zanarella

ASAS POR TODOS OS LADOS Asas por todos os lados que olho Estradas que aparecem do nada Asas serão minhas ou das aves? As estradas são minhas ou sou eu? Perdido numa nuvem de penas Ou seria pelos macios e sedosos? Asas que passam pela minha face, Cometas que riscam a minha imaginação, Como Pegasus a correr no céu negro. Cada passo na escuridão as asas. A sensação que ar se molda ao meu redor, Se espessa, como sangue pútrido. As asas passam por mim, Aves na escuridão de uma caverna? Morcegos cheios de tabus e de medo? A respiração acelera um pouco. O suor escorre pela face, E sinto a asas que passam a milímetros de mim Cada passada das asas são milhares de ondas sonoras Um coral macabro na minha imaginação. Dentes, bicos, olhos, sonares, penas, doenças. São fantasmas sombrios que habitam os meus não ver. Imagino o imaginário do ser primitivo Do surgimento das lendas ao redor da fogueira Asas por todos os lados num barulho estridente A claridade desvenda todos os medos Já é a hora de iniciar um novo dia e acordar. André Zanarella 01-09-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4417284

Por André Zanarella

QUANDO SE AMA Troco o som do piano pela viola sertaneja, A taça do vinho é trocada pela cerveja. Assim é tal da adaptação do relacionamento São furacões que surgem a todo o momento. Conhecer as duas faces de uma moeda, Tentar ser maleável para evitar a queda E assim vai crescendo todo o sentimento São furacões que surgem a todo o momento. Entender que toda vida é uma pequena vida, Que sem alguém ficamos perdido na avenida; O sol deixa de ter o seu lindo colorido amarelo E aquela delicia da infância não passa de caramelo. Para se achar por completo ente mundo Temos que entrar na vida do outro a fundo. Conhecer o que não gostamos por que sim, Apenas para aquela questão por um fim. E assim vai crescendo todo o sentimento São furacões que surgem a todo o momento. E sorrir a toa sem querer do outro ser juiz, Finalmente desejando que o outro seja feliz. Desejo a você que encontre alguém que lhe faça feliz Que saiba lhe acordar beijando a ponta de seu nariz André Zanarella 05-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4298220

Por André Zanarella

UMA NOITE ALTERNATIVA Sou balseiro mudo que fala chinês Você é protagonista pela primeira vez. Faço do meu suor o sumo de seu prazer Dentro de minha balsa quero lhe ter. Realizo o seu sonho da dança alternativa São seres da noite mudando a perspectiva; Solto suas algemas em seu habitat feroz O som da musica alucinante é tão veloz! Eu conduzo minha balsa na noite alucinante Vejo o másculo e a fêmea num casal dissonante; A luz estroboscópica turva a minha visão E você dançando até parece bolha de sabão. Nessa noite alternativa de tantos gatos pardos Os seus acompanhantes são todos felizardos. Encerramos a noite num caldinho sub-humano Nesta noite por um instante fui Deus se não me engano... André Zanarella 04-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4299425

Por André Zanarella

VESTIDO DA COR DE ROMÃ (BALAUSTINO) Ela entra no boteco com ritmo Mexendo com o meu biorritmo. Apesar do frio veste vestido curto, Vermelho rouba a atenção num surto. Negra mais linda usando balaustino Sua beleza me deixa tão pequenino. Negra da cor marrom de chocolate Usando roupa da cor escarlate. Lembro-me de uma musa comendo romã Rindo com gosto de amanhã Trazendo no lábio o balaustino Qual será dessa negra o destino? Perdido na beleza eu perco a conversa E a poesia vem de minha alma imersa. Buscando o tom vermelho balaustino Vem o rubro, o Ferrari brincadeira de menino, Resta escrever o poema num guardanapo Pois todos na mesa me cobram um papo. Por um instante a negra vestindo balaustino Fez de mim na fantasia um peregrino. André Zanarella 08-08-2012 Balaustino = (balaúste+ino) De cor semelhante à da romã. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4398437

Por André Zanarella

A MANSÃO DE MEUS TRAUMAS Olho para a mansão que eu construí. Vejo a floresta encantada que destruí. Muros tão alto que acho que é um castelo, Cravos e pregos tão fixados em todo canto pelo martelo. Tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. As portas externas não trazem nada para dentro, As portas internas não deixa nada daqui partir, Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Têm candelabros dourados que foram feitos de alianças. Têm crucifixos nos cantos para as minhas esperanças. Parede com hera porque a pintura sumiu. Porta com cupim, pois a vida e mais importante que a madeira morta, Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Sou fantasma em minha mansão empoeirada. Vejo sombras de um passado que não escolhi; Escolha as quais eu nuca fiz. Uma maldita genética que me acoita a todo instante. Quebrei a mobília! Desliguei a televisão. Choro nos cantos! Sonho com você. Sonho em fugir pelo calabouço! Minha armadura enferrujou. Minha espada quebrou! As paredes vão além da visão. Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Criei tantas passagens que a mansão virou um labirinto, Com direito a criaturas mitológicas, Que estraçalham a minha alma com fome de vida, Querendo o meu sangue, pois ele ainda lembra-se de você. Lembra-se do “você” que é bom. Lembra-se do “você” que eu quero esquecer. São mais que um “você”! “Você” virou macha no assoalho, Como macha na menarca na calcinha de renda, Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Na minha mansão há porões empoeirados, Neles não há ratos e nem baratas, Há o pior de tudo, há o silencio da solidão. Há um sótão da escola velha e da escada de madeira. Há o gordo louco babão que assombra os sonhos das crianças, Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Na mansão dos meus traumas às vezes acho caixas e enfeitadas; São bibelôs ganhos na infância perdida, É uma estória contada com sotaque perdido, O fogão alimentado pela lenha que chispa, Mas dos presentes que mais gosto esta você. Você que é trauma pela minha sina, mas que me fez viver. Você que está em toda a mansão dando a esperança de fugir Pena que carrego o maldito genoma errado e choro, Mas tem lugares que não há teto, pois sonho daqui fugir. Andre Zanarella 25-01-2012

Por André Zanarella

COMA JÁ! Esta sobe estresse constante Coma já neste mesmo instante Ser for magrinho coma chocolate Se gordinho não entre num combate Apesar de que chocolate é tentador E às vezes parece até diminuir a dor Mas se estiver mal-humorado como já Uma fruta mesmo pequena como cajá O que eu dou este conselho? Pois tenho meu corpo como um aparelho. Mau-humor e estresse pode ser hipoglicemia Comendo já talvez acerte a pontaria Sem contar que a paradinha lhe ira ajudar E com certeza seu animo ira mudar Mas não se esqueça da moderação Então daqui a pouco virara um balão. André Zanarella 10-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4375676

Por André Zanarella

A BALUMA DA VIDA A baluma está em todos nós Dá direção antes de nossos avós. Nascemos por um cordão, Ele nós deu a máxima ligação. A baluma terá que ser esticada, Em outras haverá de ser afrouxada; Assim o vento da vida nos dará direção Levando ao rumo de ter um bom coração. Se a baluma for frouxa não iremos a lugar algum, Acabaremos à deriva no mar sendo apenas mais um. E a frouxidão da baluma nos fará perde os ventos Restara apodrecer em arrependimento e alentos. Mas se baluma for pela nossa condutora bem manejada, Iremos longe superando os temporais dando risada; Fortaleceremos-nos no mal e agradeceremos o bom vento, Viveremos à vida, vitoriosos, pois não ficaremos parados no alento. Nós somos embarcações nesse grande oceano da vida, Nossos motores, velas e remos nos foram dado sobre medida. Fazer bom uso de nosso instrumento É obrigação divina a todo o momento. André Zanarella 03-08-2012 Baluma =Cordel, que passa por uma bainha das velas latinas. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4302927

Por André Zanarella

M – EME “M” é a décima terceira letra Ou a décima segunda letra? Depende se você considera o “K”, Eu considero sempre uso o “K”. O “M” para os egípcios era a coruja, Para os fenícios, água do mar não suja. “M” da para imaginar a onda do mar E está no meio da palavra amar. Para os gregos tem o som de “mi”. Para os russos também é um “mi”. Ambos vêm do fonema que é o “mu”, Isso mesmo é o falar da vaca “mu”. Rapidamente antes e continuar o poema: “M” para você está na sua vida em qual esquema? “M” minúsculo pode ser representação de mil Minúscula é numeração romana, coisa juvenil. Lembrou mais? Sua altura é medida em “m”. A senhora que manda nos filme 007 é a? “M”. E o nosso “M” que está na palma da nossa mão? São as linhas do destino, vida, cabeça e coração. O “M” é isso ai, aprendi ele sendo do macaco, Depois conhecendo a vida o “M” virou de maníaco. Tem de Bethania, Milton, Marisa e muita gente. Que tal você me ajudar e colocar algo de sua mente? André Zanarella 24-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4366285

Por André Zanarella

A CRIANÇA Rezo aos filhos dos meus amigos queridos, Crianças que talvez sejam meninos perdidos. Vejo crianças filhos de crianças adultas, Pais que se entregam a paixões ocultas. Resta-me orar para a melhora do mundo, Para que os filhos não caiam no poço sem fundo. Hoje o pai da criança pouco quer lhe vê, Não dá exemplo, pois prefere as facilidades da teve. O pai solteiro acha que apenas o falar é certo, Esquece que quem não se sacrifica tem futuro incerto. Num mundo de malandro, gangue e bando; Temos que dar exemplo, amar e viver educando. A criança é e será sempre dos pais a projeção, Mostre amor não com bens, mas com educação. Mostre exemplo e de valores dentro de uma religião, Assim sendo a criança terá base para enfrentar este mundão. André Zanarella 27-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4419954

Por André Zanarella

BAMBA – UM CONSELHO Você chegou até mim Vindo de um botequim Bamba em domar coração Veio deixou-me sem ação. Hoje vejo sua mudança Mas ainda há esperança Olho seus olhos escuros E seus atos são tão duros. Cadê a gata negra bamba Que me seduzia no samba Mostrou a canção sertaneja E era minha amiga na cerveja? Bamba você não é gata! Você tem que ser acrobata Ter sucesso sem mudar Mudando todos vão se afastar. Cuidado minha gata bonita O sucesso atrai o parasita E quando acordamos estamos sozinhos Como pássaros que cairão de seus ninhos. André Zanarella 29-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4418875

Por André Zanarella

JABÁ Na árvore altaneira está a Jabá Bico branco e olho azul cantam as Jabás Enquanto os homens vestindo Jabás Nos varais prepara o seu saboroso Jabá Não serve para gaiola a linda Jabá Nem muito menos para alimento serve a Jabá Mas o homem vestido de Jabá Comendo o seu saboroso Jabá Esta acabando com a bela Jabá Mata a floresta morada da Jabá Para criar gado para fazer mais Jabá E o território necessário da Jabá Esta menor que um prato de Jabá Daqui a pouco lembraremos só do Jabá Afinal atualmente poucos conhecem a Jabá. Salvem as gralhas Jabás Salvem a morada das Jabás André Zanarella 10-08-2012 Jabá (ioruba jàbàjábá) 1 Carne seca. 2 V charque. 3 Roupa de casimira surrada. 4 gír Comida de quartel. 5 gír V jabaculê. 6 sf Ornit Gralha, sinonimo japu. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4377033

Por André Zanarella

AMOR As pessoas boas às vezes amam as tranqueiras da vida, pois as boas não se julgam merecedoras de amar e receber amor de pessoas como elas. André Zanarella 31-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/frases/4424616

Por André Zanarella

A CRIANÇA DIFERENTE Engraçado como colocamos os outros em nossa vida. Bela jamais sonhou em se apaixonar por uma Fera. O que levou a coitada da madrasta a ser doente? Doente e não louca. A madrasta mata, ou tenta, para ser a mais bela. Titanic num descuido afundou e muito matou A criança diferente fugia da escola por quê? A mãe e o pai algum dia para a criança diferente perguntou? Será que deram para ela o sentimento da preocupação? Ensinaram valores alem da sobrevivência diária? Mas como dar algo se eles talvez não tivessem para dar? A criança diferente não foi preparada para ser pai. Na explosão dos hormônios só pensou no prazer, Achou que fazer outra vida seria um passe de mágica. Talvez uma queda dentro da toca do coelho branco, Uma olhada para o futuro no espelho da bela madrasta, Uma fantasia onde iria vestir uma armadura de guerreiro, Guerreiro, anjo, ninja ou seria talvez uma fantasia de Chaves? Assim a criança diferente foi pai diferente num mundo diferente. Reconheci o amigo no poder do sorriso e dos encontrões da vida, Achei que a realidade da armadura era normal, Que o rótulo ali estampando era apenas um rótulo perdido, Que embaixo da poeira e da ferrugem havia ouro, Mas a criança que agora era um adulto diferente é assim... No destino eu o escolhi como amigo. Então, eu achei tudo certo. Coloquei-o embaixo de minhas asas com todos os meus amigos, Escolhi luzes brilhantes para iluminar o seu caminho, Orei para Jesus e para os Orixás para abrir os seus caminhos, Aceitei sua historia como sendo algo normal, Mostrei que um plebeu pode morar num castelo encantado E assim a criança diferente se tornou meu amigo, Fiz olhos de cegos e ouvidos de surdos. O rótulo social é algo pior que o preconceito, Mas o que é rotular e o que é preconceito? Assim são meus amigos, são perolas que perdidas eu achei. Para muitos eu ando com cobras, Mas acredito que a madrasta precisa de terapia e não de morte. André Zanarella 25-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4360316

Por André Zanarella

O BAÚ DOS MEUS GRANDES TESOUROS Pouco a pouco encho meu baú de tesouros São coisas linda, que me fez muito feliz. Você não imagina o medo que me roubem Cada tesouro guardado no baú tão forte Tamanho é o valor que tem o meu tesouro Assim são os presentes que você me deu Passo os olhos por todos os meus objetos São mais valorosos que muitos carros Valor igual ao meu tesouro no mundo não há Coração de papel, cartinha enfeitada. Tem embalagem de bombom, tem bobeira. Amar é assim, transformar vidro em diamante. Parece que foi ontem que recebi meus tesouros Somos tão felizes naquele tempo perdido Valíamos mais por que éramos e não por que tínhamos Cada momento era especial no meu coração Tenho uma saudade sem fim de nossos momentos Aonde anda você pequena joia perdida em mim? André Zanarella 26-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4367901

Por André Zanarella

A BELA BALZAQUIANA O corpo já está maduro, Tem um andar seguro, A palavra dela já cala, Com o seu silencio fala. Tem uma idade que é da razão, Que a perde na louca paixão. São mulheres, tias, mães e amantes. Todas têm a beleza em seus semblantes. Mas algumas têm alma de menina, Por isso tem o sofrimento como sina; Esquece-se de soltar sua mulher madura Não aceitando o cabresto sem perder a candura. A meu redor há tantas balzaquianas E todas elas são resolvidas e bacanas. Coitadas das Marias Candinhas, Envelhecem e são trocadas por estarem caidinhas. Candinhas... Acordem sempre há tempo! André Zanarella 18-08-2012 Balzaquiana = Aplica-se à mulher que atingiu os 30 anos Candinha = Mulher envelhecida e fofoqueira. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4357241

Por André Zanarella

MEU PASSADO FOI ERGUIDO POR BALURDOS Todos nós somos como cemitérios antigos Temos recordações em inúmeros jazigos; Às vezes perdidos no subconsciente há mendigos Que vem nos acordar para os nossos castigos. As sepulturas das más recordações tem poeira Algumas são feitas de maneira tão grosseira. No cemitério de nossa alma há também pedregulho Que esconde o jazigo por dor ou por orgulho. No cemitério de nossas almas às vezes interfere Deus A poeira de toda sepultura ele com bater de asas dá adeus. Nos pedregulhos são colocados os balurdos E ao levanta-los aparecem os maiores absurdos. No canto mais sombrio de meu cemitério Tem um pedregulho gigante sobre um mistério Duas vezes foram colocados e pedregulho levantado E o ser ao ver um lampejo da cova ficou chocado. O balurdo está colocado no pedregulho gigante Um dia com a graça de Deus destruo, pois vou adiante; Mas enquanto o dia não chega pinto o pedregulho Deixando de lado todo o meu orgulho André Zanarella 06-08-2012 Balurdo = Espécie de grande parafuso que serve para levantar a pedra nos lagares. Pedregulho = Pedra muito grande; penedo. Bras. Grande quantidade de pedras miúdas. http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4397097

Por André Zanarella

A DANÇARINA Dançarina na luz da lamparina, Na graça do gesto parece fumaça. Há suspiro em passo, cada giro, Dança com leveza desperta lembrança. No samba, ela além de bela é bamba, Mas seu coração muda com a estação; Machuca muitos por isso parece maluca, Coitada da dançarina não passa de menina. A idade cobra dançarina pela atividade, É vaidosa, mas aparenta ser mais idosa. A fantasia não dura para sempre, que ironia; A dançarina se apagará com a luz da lamparina. André Zanarella 30-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4421534

Por André Zanarella

SUPER-HOMEM QUERIA SER Super-homem queria ser Sem ter que ter ou ser. Não precisar de avião para me levar Sem ter uma vida breve a navegar. Deixar a vida apenas a me carregar E em qualquer momento ir ver o mar. Uma visão que não é breve E no vento ser o mais leve; Conhecer o mistério sem ninguém ensinar E o mal ao redor exterminar. Super-homem por que a capa? Bem que ela podia ser napa. Já que enfeite é o seu destino Mas o super-homem é meio menino; É solitário por toda Terra Seja no abismo ou na serra. Pensando bem não queria ser ele Nem muito menos os poderes dele Não ter outro alguém para chamar de amor É triste como o destruir da flor André Zanarella 11-08-2012 http://www.recantodasletras.com.br/poesias/4380115

Por André Zanarella